terça-feira, 4 de outubro de 2022

"Vocês são vermes, pensam que são reis".

Vídeo do Canal Uma Viagem Musical

Fátima, a minha canção preferida do Capital Inicial. Na verdade, é da época do Aborto Elétrico e foi composta por Flávio Lemos e, ele, Renato Russo, um dos maiores poetas do Rock brasileiro. Acompanhem com a letra. Eu destaco esse trecho ainda muito atual em tempos de nova Guerra Fria:

"E as ameaças de ataque nuclearBombas de nêutrons não foi Deus quem fezAlguém, alguém um dia vai se vingarVocês são vermes, pensam que são reis".

Qual o seu trecho preferido?

terça-feira, 12 de julho de 2022

E você?



Fiz esta foto há alguns anos, creio que em 2018. De lá para cá, esta tormentosa frase parece fazer cada vez mais sentido (faria sentido isso?). As notícias não têm dado trégua e nos desafiam cada vez mais, principalmente no quesito saúde mental. Confesso que tenho dificuldade para acompanhar tanta coisa ruim acontecendo, há momentos em que é preciso se afastar para não ser atingido pelo trem bala digital, essa avalanche de informações negativas que recebemos a toda hora, a cada minuto. 

Lutar é preciso, como se diz, mas reconhecer os limites também, bem assim se estamos aptos para o enfrentamento. Sempre reconheci os benefícios do mundo digital e como nossas vidas foram, em alguns parâmetros, facilitadas pelo avanço tecnológico, mas é preciso ter a exata noção de que em tantos outros círculos a convivência com o mundo externo e com nosso "eu" também piorou, e muito. A chuva torrencial de informações, verdadeiras e falsas, com as quais não conseguimos lidar de modo satisfatório, a decadência, em geral, da cultura, cada vez mais superficial, a ascensão meteórica dos chamados "influencers", muitos sem bagagem suficiente para ter o que repassar aos outros, a não ser sua opinião momentânea, sua ostentação, sua trivialidade diante do complexo, seus corpos... 

De outro lado, a política do incentivo ao ódio ao seres diferentes do que pensam certos grupos extremistas, que não suportam conviver com a diversidade, justo esta que nos faz ser tão humanos. Não aprenderam a transformar sua arrogância em empatia, e nunca aprenderão, pois agem como integrantes de uma manada desgovernada. Falta-lhes discernimento crítico e conhecimento de história suficientes para compreender que não se induz a divisão da sociedade entre bons e maus, notadamente por julgamentos morais, como se todos quisessem viver sob as amarras de algum líder, religião, credo ou seita. Não! 

A arrogância infantil (não da criança, mas da imaturidade de muitos) deve ser transformada em empatia, como dito. E para isso, basta refletir um pouco: o que te faz pensar que você seria melhor que a outra pessoa à sua frente, qualquer que seja ela? Ou, então: o que te faz pensar que a outra pessoa também não está certa em achar que ela tem razão em seus pensamentos? 

Convido o leitor (a leitora) a fazer uma pausa antes de prosseguir a leitura... pense a respeito, na sua história de vida e na do outro, nas oportunidades que tiveram, sobretudo no mundo de informações que você desconhece a respeito do outro. Responda a si mesmo. 

Ok. Quando nos damos conta disso, a arrogância - aquele sentimento de superioridade, de estar certo em tudo e de ser dono de muitas verdades - cede na hora, pois não resiste ao primeiro confronto honesto intelectualmente. É evidente que estou falando de temas que comportam interpretações distintas, não de alguém que esteja querendo me convencer de que, na matemática, um mais um resulta em qualquer coisa diferente de dois (os piadistas dirão 11). Isso porque há valores, inclusive nas áreas não exatas, que são humanos e inegociáveis, como a vida, a integridade física, a dignidade das pessoas, o direito a buscar a felicidade, a uma boa vida etc. 

E é exatamente neste contexto - em que estamos caminhando muito rapidamente em direção ao caos - que não estou sabendo existir. E você?      

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Críticas e elogios

As críticas são tão importantes quanto o ar que respiramos. Façamos bom uso delas e dos elogios também. Aquele que só faz a crítica gratuita sufoca o seu alvo e o que só espera elogios se afoga em sua própria vaidade.

Reinício

Olá! Depois de um longo tempo sem escrever, retomo as atividades por aqui. Em breve, algumas ideias e reflexões sobre o cotidiano.

Um abraço!

sábado, 12 de novembro de 2011

Protesto - lentidão nas obras da BR 101

Notícia que recebi do vereador Dudu Carneiro:


No dia 18, das 14h às 16h, entidades civis, ongs, estudantes, associação de moradores, comerciantes entre outros estarão na cabeceira da ponte de Cabeçuda, na BR-101, para chamar atenção sobre a demora na duplicação do lote 25, principalmente, no trecho de Laguna.
 
A iniciativa é da Câmara de Vereadores do município. O Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) e a Polícia Rodoviária já foram informados sobre o manifesto.
Os moradores do Bananal, Ponta das Laranjeiras, Cabeçuda, Barranceira, região do Ribeirão Pequeno e do distrito de Pescaria Brava estão sendo mobilizados para também participar.
Na obra de duplicação Sul, a situação mais complicada é o lote 25, entre Itapirubá (Laguna) e Rio Capivari (Capivari de Baixo), são 22 quilômetros, onde as obras foram paralisadas por três anos, por problemas financeiros do consórcio.
Até maio, foram pavimentados 43,18% do trecho. Dos nove viadutos, quatro estão em obras ou nem foram iniciados.
“Os moradores de Laguna devem participar para mostrar que estamos preocupados e queremos o andamento da obra”, disse o vereador Eduardo Carneiro, que juntamente com os parlamentares Jussalva Mattos, Everaldo dos Santos, Aderbal Moreira, Deyvisson da Silva, Orlando Rodriguês realizaram uma reunião para debater o assunto e definir estratégias.
Segundo o vereador Eduardo estamos questionando também a desativação dos serviços da construção da nova ponte em Laguna, as obras de arte que ainda não foram iniciadas na duplicação BR-101.

domingo, 21 de agosto de 2011

Ave, Ave!

Depois de quase vinte anos que a banda lagunense de maior sucesso resolveu pendurar microfones, amplificadores e baquetas, a Ave de Rapina voltou a emocionar os seus fãs na noite fria e chuvosa da última sexta (19.08). Nem mesmo o mau tempo afastou as centenas de amantes da boa música que ocuparam as dependências do Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos. Uma sequência de fotos dos integrantes da banda surgiu nos telões e anunciou o início do esperado show. As cortinas se abriram e, no palco, estáticos, os músicos aguardavam o final da exibição das imagens para os primeiros acordes. Naquele momento, depois de tanto tempo sem tocarem juntos, salvo algumas apresentações em eventos beneficentes e um show no Moto Laguna de 2002, certamente uma profusão de sentimentos pairava sobre cada cabeça: nostalgia, ansiedade, alegria, nervosismo, felicidade, etc. A plateia, num clima de verdadeira celebração, também aguardava ansiosa o espetáculo. Eduardo Paes (baterista) chama a primeira música, cantada por Gero Perito, que mais adiante mostrou sua nova música: "No mesmo tom". O público, enfim, volta a ouvir, ao vivo, uma das maiores bandas do pop/rock/blues de Santa Catarina. João Rodrigues Jr. (voz) surge apenas na segunda música para (en)cantar "Sons, baladas e blues", o maior sucesso da trupe. Delírio total! Ao meu lado, flagro um verdadeiro amante da música aos prantos, completamente emocionado com aquele revival. Sucessos em sequência e eis que a banda surpreende com alguns covers, entre eles "Take a look at me now", de Phill Collins, maravilhosamente interpretada pela estreiante Braiane (backing vocal). Nesta música, outras surpresas: o belo solo de sax da também estreiante Érica e a subida ao palco das filhas de Samir (baixo e backing vocal) para beijar o paizão. Lembrei de minhas filhas e também fui às lágrimas! E como o show não pode parar, com uma nova roupagem e destaque para os timbres de bom gosto do tecladista Jair Foss, a banda tornou dançante o sucesso "Sem frescura". O guitarrista Marcelo Carneiro (da antiga formação) fez participação especial em duas músicas e com a experiência que trouxe do rock foi à frente do palco e mostrou como se faz um ótimo solo de guitarra. Erwin Brandl comandou as guitarras nas demais músicas, foi bem e mostrou segurança em sua estreia. Outra boa surpresa durante show foi a subida ao palco de Gilson Ramos. Compositor de "Carisma", o vocalista da banda Sentapua dividiu o vocal do hit com João Rodrigues. Na percussão, Jackson Foss dava o tempero ao ritmo ditado pelo experiente baterista Eduardo Paes, um dos maiores entusiastas do retorno da banda. Uma das músicas mais esperadas da noite levantou a plateia. Em "Suicida", o multiartista João Rodrigues colocou todos para dançar e ainda foi ao encontro do público, deixando que alguns cantassem trechos da canção. Não faltava mais nada, a festa estava perfeita! Ao final, após pedido de bis, um repeteco de "Sons, baladas e blues", desta vez com a participação especial de Jamile, cantando ao lado do pai Samir. Não haveria chuva, frio ou vento que diminuísse o encanto de uma das noites mais bacanas dos últimos tempos. O retorno da banda Ave de Rapina aos palcos é o resgate de nossa boa música e de nossa cultura. Parabéns, rapazes. Ave, Ave!!!        

domingo, 7 de agosto de 2011

Boxe, Vale-Tudo UFC...

Acabei de ler uma manchete mais ou menos assim: "Vitor Belfort dá show e nocauteia no 1º round".

Pois eu não assisto a estas lutas e jamais assistirei. Com todo o respeito, mas em pleno Séc. XXI nós vibramos estas lutas entre dois seres humanos, cada um tentando atingir o outro em seus pontos vitais até derrubá-lo??? Está certo isso? Não parecem aquelas lutas na antiga Roma em que os gladiadores lutavam, na maior partes das vezes, até a morte?

Não darei audiência a tal barbaridade e espero que não demore nem um século para que nos envergonhemos disso, tal como ocorre hoje ao lembrarmos dos gladiadores.